Desconexa

Exaustão...

Essa me consome agora de um jeito devastador.

Porém, minha mente se recusa a parar e me deixar repousar em paz.

Preciso escrever-me.

Ainda não sei se componho sobre a minha carência, ou se enalteço a autosuficiência que crio para sobreviver a essa escassez.

Escassez de amor...

Não muito lúcida me faço vítima. A pobre donzela abandonada, esquecida numa noite qualquer, por um qualquer, de um jeito qualquer. A pobre moça que se perde em seus lamentos por falta de carinho e proteção, por falta de amparo e de calor.

Menos lúcida ainda me faço fortaleza. Dona do meu próprio rumo controlado pelos botões "ama" e "desama". Um verso perdido sem rima, mas que mesmo assim transmite frangâncias de poeta. Uma só andorinha que mesmo não fazendo verão, encanta um sol de manhãs brilhantes.

Me permito fraca, me permito forte. Me tenho inundada de sentimentos, me tenho seca. Me engano sendo vulcão em erupção, me engano sendo iceberg.

Jessik Andrade
Enviado por Jessik Andrade em 13/02/2012
Código do texto: T3495851
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