ESTRELAS DO CHÃO
Dói no mais profundo do nosso ser
Olhar estrelas no chão, quase apagadas, trôpegas
A tropeçar nos seus próprios passos
São pequeninas, quase sem luz
E dominadas pela experiência maldosa
De quem já viveu o suficiente
Para não ter escrúpulo ou compaixão.
Machuca-nos o coração nos sentirmos impotentes
Diante de tanta maldade daqueles que semeiam
A dor, a discórdia a falta de amor próprio,
Tornando pequeninos seres humanos
Em objetos de sua consciente ganância
Pelo puder, pelo dinheiro sujo ou mesmo pelo status,
Transformando pequenas rosas que nem desabrocharam ainda
Em flores murchas, totalmente sem cor,
Fragrância nem objetivos;
Perambulantes, sem sonhos, sem rumo, feito zumbis,
Manobrando assim a infância e a adolescência
Que já têm um tempo tão mínimo na existência terrena.
Pequenas e apagadas estrelas que nunca chegarão
A constelar-se, pois a maldade humana as destrói
Sem dó nem, piedade.
E as fazem fenecer em tenra idade
Que inconscientemente se esvai pelo domínio do vicio.
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