Sempre a Chuva

Sempre a chuva

Chove, e pela janela embaçada meus olhos insones contemplam

de forma infantil as gotas que caem... Bailarinas dançando a valsa do cisne.

Chove, e aos meus ouvidos é ritmo o som das águas que caem,

os trovões que vibram inesperados no centro de meu peito.

Chove... E eu tenho sede... Uma necessidade tão violenta

quanto estas águas tempestuosas que chegam acompanhadas dos ventos que destelham

casas. Nesta hora todos se abrigam, e eu apenas quero sangrar as mãos quebrando

os vidros desta janela que me impede de pisar os pés na terra molhada, de abrir

os braços e brincar com a sorte, em campo aberto, ser corpo erguido clamando

pelo descer de um Raio.

O mundo sempre parece calmo quando a tempestade passa, deixando

arvores caídas, vilas alagadas, e as tantas poças esporádicas onde posso de minha prisão ver boiar um papel

que antes embrulhava uma bala...

Com meus olhos insones contemplo de forma infantil este descartado embrulho, e

ele torna-se a barca que me leva ao

mundo cujo caminho apenas eu conheço.

Mundo atemporal, inconcebível, incompreendido...Entretanto neste Mundo não

existe janelas embaçadas, nem olhos caídos que desconhece a pratica da vida.

Neste mundo as flores falam, e de fato as gotas de chuva são bailarinas!

Thoreserc

Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 10/02/2012
Reeditado em 18/02/2012
Código do texto: T3490457
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