Derrocada
Caí
do primeiro degrau da escada...
escancarei um sorriso amarelo
aos que já me esperavam na sala.
Parei
diante do primeiro passo da estrada...
troquei a terra pelo chinelo
esvaziando todo o conteúdo da mala.
E colei cacos, acolhi brisas, entre tantas molhadas,
refiz o caminho, calculei contas erradas,
entrei correndo, sozinha, pelas mesmas portas de antes,
e solucei diante do copo vazio.
Regurgitei palavras engolidas,
procurando as certezas que faziam nossas bocas salivarem
no vão das nossas vontades...
e sucumbi numa espera que não se alcança
no abismo onde a alma se lança
em buscas de suas verdades.