SAUDADES

Conduzida pela solidão,

Corre nas veias do tempo

O envelhecimento da alma,

Consumindo-me em forma de,

Saudades!

Com a sensação de abandono,

Tua ausência aperta

Meu peito dizendo

Que jamais vais embora...

Saudades!

Fica no vácuo do tempo

As lembras dos momentos

Quando tua presença

Me acompanhava...

Saudades!

Dor que dói

Ferindo a alma

Pela ausência do amor

Que um dia foi embora...

Saudade!

Sinto a cada instante

A tua falsa presença

Exalando a fragrância

Do perfume que usavas...

Saudades!

Forma sorrateira de

Marcar a presença

Da tua ausência...

Saudades!

Tua vaidade

Me apertar o peito

De forma ferina

A zombar-me de meu jeito...

Saudade!

Congelando o tempo

Em que tua presença

Não era em forma de ausência...

Saudades!