COMANDANTES DA TRISTEZA

A tristeza que hoje me invade não me fará morrer nem matar ninguém.

É apenas uma tortura, uma dor real muito dura que deve ser sofrida muito bem

Sem vergonha e sem medida de lágrimas, gritos e clamor

Tal qual uma mulher parindo um sonho ou um pesadelo num torvelinho de horror

A loucura até faz parte, sendo mesmo uma aliada, pois a gente fica muito só,

Não há necessidade de medo, covardia ou “meio termos” ninguém precisa sentir dó

Toda mulher deveria em algum momento, perceber que ninguém pode lhe fazer feliz, nem muito menos sofrer

Assim também como não se pode ser dona de outra vida, comandar alheios sentimentos nem fazer-lhes padecer

O preço do amor cedido sempre alto, quase impagável é o mesmo preço da vingança forjada numa lança golpeada num coração já partido

Nada é dado ou oferecido se não podemos retribuir quase que agradecidos

Este preço é qual um peso que nós levamos às costas ou quando abrimos as coxas para recebemos este “amor”.

Pode ser ainda pago quando afastamos as moscas do coração podre de mágoas, rancores e maldições

Coração coberto do visgo das dores e dos maus odores dos répteis das traições

A mulher livre dos fardos sejam eles peixinhos dourados ou carneiros sacrificados

Poderiam até ser livres para buscar algo que até exista chamado “felicidade”

Palavrinha engraçada essa, nome de um ser encantado perseguido e procurado por todos os viventes do mundo

Mas que nós sabemos lá no fundo que não é ser, nem é nada parece mais uma estrada cheia de armadilhas para capturar passarinhos

E assim dentro de gaiolas douradas mulheres firmes e tranqüilas viverão por toda vida podendo até ser felizes!

Já as mais despudoradas, ditas um tanto “erradas” se sentirão aliviadas ao sair do alçapão

No começo, atordoadas voarão por algum tempo, mas voltarão buscando alento por medo da solidão

Mas ao cair nas mesmas armadilhas serão cada vez mais tentadas às deliciosas escapadas e um dia não voltarão

Estes pássaros às vezes são águias, outros são fênix e se pégaso for

Sentir-se-ão liberadas para dizer: “Adeus Amor”.

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 06/02/2012
Código do texto: T3483576
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.