PENÉLOPE SEM FIM

Seja nas madrugadas, seja nos meios das noites, seja nos crepúsculos, seja ao Sol dos meios-dias, seja nas auroras, todos os dias contam sempre as mesmas histórias, sem início, meio nem fins. Eu, Penélope, continuo a me tecer e a me destecer há mais de vinte anos, mesmo agora que já não há quaisquer pretendentes a ameaçarem o reinado de Ulisses, de Ulisses que deve ter se perdido, certamente e de vez, e há muito, nos encantos de Circe.

No início da tarde de 06 de fevereiro de 2012.