Viver

Viver

É tempo de parar,

De buscar as coisas perdidas

Nas curvas das ilusões.

A vida não pode ser vivida

Em sombras, em discussões.

Se não se tem o que quer

Por isso perde-se o norte,

No entanto, o vento sopra,

Contrário aos risos da sorte.

Um sonho em noite fria

Parece um sofrer constante

É fato, que o amor cega

Os olhos do difamante.

Se segues atrás do tempo

Do vento que não soprou

Plantarás flores nas trevas

Na luz se encontrar favor.

Um poeta bem doente

Só rima dor com o amor.

É melhor rimar saudade

Vontade com destemor,

Esquecer a sorte morta

Fechar a porta da dor,

Abrir os olhos do riso

Cantar com o beija flor.

Andar descalço no campo

Pisar nos medos do não

Aceitar as intempéries

Esquecer a maldição

Pois quem nasce morrerá

Cedo ou tarde, isso é vão,

Viver, respirar é tudo,

Na terra nosso quinhão.

Evan do Carmo Brasília 15/012007

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 16/01/2007
Reeditado em 16/01/2007
Código do texto: T348250