Rosa do passado
Rosa do passado
Em meu coração gelado,
Brota uma rosa do passado
Nesse corpo tétrico arde a chama da esperança
Nesses olhos inertes residem à sombra da dor.
Olhando para o mar negro
Eu sinto as marcas de outrora
Aquelas que me fazem ver
O quanto foi cruel a Aurora.
Seu corpo nu jogado ao léu
Sobre um túmulo completamente inércia
Ao cair da chuva envolvida no nevoeiro
Seus belos lábios e seios úmidos lascivos
Em seu sepulcro lacrimal,
Deposito minhas preces
Agora fincada nesse solo de inverno
Como uma espada enfiada na rocha.
Luiz Alexandre Ramos da Silva. Acadêmico do curso de Licenciatura em Letras Português/Inglês da FGF.
Fortaleza-CE
2011