Rosa do passado

Rosa do passado

Em meu coração gelado,

Brota uma rosa do passado

Nesse corpo tétrico arde a chama da esperança

Nesses olhos inertes residem à sombra da dor.

Olhando para o mar negro

Eu sinto as marcas de outrora

Aquelas que me fazem ver

O quanto foi cruel a Aurora.

Seu corpo nu jogado ao léu

Sobre um túmulo completamente inércia

Ao cair da chuva envolvida no nevoeiro

Seus belos lábios e seios úmidos lascivos

Em seu sepulcro lacrimal,

Deposito minhas preces

Agora fincada nesse solo de inverno

Como uma espada enfiada na rocha.

Luiz Alexandre Ramos da Silva. Acadêmico do curso de Licenciatura em Letras Português/Inglês da FGF.

Fortaleza-CE

2011

Alexandre Ramos
Enviado por Alexandre Ramos em 05/02/2012
Reeditado em 08/01/2014
Código do texto: T3480945
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.