MISTÉRIOS

Suave como a brisa

Instigante com seu mistério...

Na leveza de teu olhar

Em momentos me desespero...

Não sei o que escuto

Com teu profundo silêncio...

Imagino que por questões de segundos

Ouço os barulhos de teus tormentos...

A me fitar a todo instante

Como se fosse um amargo veneno...

A me espreitar

Por entre as frestas

Cutucando meus movimentos...

Persegues-me sem fazer volume

Vigiando meus pensamentos...

Mas não te enganes,

Pois de todas as minhas histórias...

Há informações

Que guardo a sete chaves

Que nem a mim mesma eu conto...

São parte de mim que escondo

De teu instigante mistério...

Pois o que há em mim

Está guardado

Nas gavetas do passado...

Pois se um dia vem luz

No outro vem o sereno...

Na penumbra da noite

A espalhar seu silencio...

Como o escuro da noite

A propagar seu mistério

Com seu doce Veneno.