Indomável

Passos escritos sobre a areia

Restrito na velha e visada teia,

Entrelaçando a aurora formatada

Escurecendo esta via duplicada.

Os saberes me avistam esta vala

Desembarcando nesta linha marcada,

Ascende esta célebre face enrustida

Por sobre as etéreas hastes dessa fala

Ligo os Alpes desejos impostores

Rasos, e de insolúveis sabores,

Tonificando este desacato escrito

Aos ventos cantineiros do perigo,

Ondas esmaecidas da noite fria

Sinto os pés deste meu tempo guia

Naquilo que não mais tenho a dissolver,

Enterro meus lutos na apreciada palavra

Que em meu corpo vem tão somente absolver,

Sentindo que isso se desfaz com o espírito do nada.

Persigo a fulminante haste inerente

Arco imbatível e consistente,

Naquilo que ao medo não se opera

Nem mesmo a si mesmo altera,

A peleja que já esta a terminar

Pulveriza seus compassos ecléticos no ar.

Na indomável palavra digestiva e complicada

O nada que rejunta a esse viu poder,

Sabedoria da vida alterada a frente

Simplesmente seu labor ela embarga,

Pois aos iludido prazeres da carne se impõem

Anestesiando o termo palavreado que se dispõem

Em seus altos desejos que aceleram sua fala.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 04/02/2012
Reeditado em 04/02/2012
Código do texto: T3480101
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