Indomável
Passos escritos sobre a areia
Restrito na velha e visada teia,
Entrelaçando a aurora formatada
Escurecendo esta via duplicada.
Os saberes me avistam esta vala
Desembarcando nesta linha marcada,
Ascende esta célebre face enrustida
Por sobre as etéreas hastes dessa fala
Ligo os Alpes desejos impostores
Rasos, e de insolúveis sabores,
Tonificando este desacato escrito
Aos ventos cantineiros do perigo,
Ondas esmaecidas da noite fria
Sinto os pés deste meu tempo guia
Naquilo que não mais tenho a dissolver,
Enterro meus lutos na apreciada palavra
Que em meu corpo vem tão somente absolver,
Sentindo que isso se desfaz com o espírito do nada.
Persigo a fulminante haste inerente
Arco imbatível e consistente,
Naquilo que ao medo não se opera
Nem mesmo a si mesmo altera,
A peleja que já esta a terminar
Pulveriza seus compassos ecléticos no ar.
Na indomável palavra digestiva e complicada
O nada que rejunta a esse viu poder,
Sabedoria da vida alterada a frente
Simplesmente seu labor ela embarga,
Pois aos iludido prazeres da carne se impõem
Anestesiando o termo palavreado que se dispõem
Em seus altos desejos que aceleram sua fala.