MEMÓRIAS

Solitário banco, solitária praça

Um silêncio mudo, ausente de desejos

Um silêncio inquieto , passível pensamento

Um banco saudoso de memórias esquecidas...

Uma praça sedentária de amargas lembranças...

O tempo corre com altivos passos. Perdendo-se, como areia fina

entre pedregulhos do caminho

Perdendo-se como a chuva fina em solo arenoso

Perdendo-se como folhas secas levadas pelo vento

E seus rastros surgem vagarosamente,

São linhas tênues que contornam os olhos,

São salpicos de neve na têmpora prateada

Flacidez de vontades na mente que divaga

Rigidez dos artelhos na lentidão dos passos...

"E a poeira do tempo, com todo o tempo que eu perdi,

tudo recobre, tudo apaga, tudo torna simples e tão

indiferente"

Sandra Vilela (Eternellement)
Enviado por Sandra Vilela (Eternellement) em 03/02/2012
Reeditado em 06/02/2012
Código do texto: T3478397
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