MEMÓRIAS
Solitário banco, solitária praça
Um silêncio mudo, ausente de desejos
Um silêncio inquieto , passível pensamento
Um banco saudoso de memórias esquecidas...
Uma praça sedentária de amargas lembranças...
O tempo corre com altivos passos. Perdendo-se, como areia fina
entre pedregulhos do caminho
Perdendo-se como a chuva fina em solo arenoso
Perdendo-se como folhas secas levadas pelo vento
E seus rastros surgem vagarosamente,
São linhas tênues que contornam os olhos,
São salpicos de neve na têmpora prateada
Flacidez de vontades na mente que divaga
Rigidez dos artelhos na lentidão dos passos...
"E a poeira do tempo, com todo o tempo que eu perdi,
tudo recobre, tudo apaga, tudo torna simples e tão
indiferente"