AS MARÉS DA EMOÇÃO
AS MARÉS DA EMOÇÃO
Há dias de marés tempestuosas, ventos sibilantes, quase sempre sob a camada espessa das convenções sociais...
Há dias de amenas marés, serenas e harmoniosas que dão brilho de paz aos olhos e deixam a impressão de que a vida é bela...
Há dias vácuos de expectativas...
Eles antecedem e preparam o espírito para acontecimentos imprevistos.
Nesses dias a “estação sai do ar” e entra o programa de “limpeza de tela” adaptando o terreno para o que há de vir...
Há dias alegres e leves que refazem o espírito das lutas cotidianas...
Há dias de hipersensibilidade. Intuição aflorada. Riso e lágrima.
A criatividade transborda e todos os sensores encontram-se aptos a receber e transmitir mensagens.
É senso comum considerar que o ápice do equilíbrio está em manter marés amenas, serenas e harmoniosas. Nesse estado de espírito é como se todos vivessem a usar azul.
Um mundo tranqüilo, igual e talvez entediante...
Mesmo que nos incomodem essas marés emocionais... Como saber da alegria se não vivermos a tristeza? Do gozo sem experimentar o sofrimento? Do bem estar da paz sem as tribulações?
Na dialética da vida aprendemos por meio dos contrastes.