BOLHAS DE INCHAÇO E SABÃO

Rolhas tortuosas rolhas

Folhas que emergem sem prepúcio

Bolhas de sabão.

Encanto da falange apoética, inclemente

Doce de manga e gente

A desperdiçar pastilhas.

Cura pela dor

Imagem entalhe, mensagem

A imagem do amor.

Na pilha de enfermos

Sangue tinindo espesso

A alimentar o forno no alforje do novo.

Palhaços!

Não sabem do limo a escorrer do límpido

Tem-se olvidado dum quede princípio.

E eu a olhar...

Por meios etílicos dum tira-gosto azedo

Resquício à espreita num arco-íris imenso.

Intensa nuança, pascigo afetado

Nem sei se ali mora o olho

Observou a bolha, rompida e ausente.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 15/01/2007
Reeditado em 23/04/2008
Código do texto: T347379
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