GLAUCOMA

De repente, um glaucoma,

Deixou meus olhos em coma

Roubando todo seu brilho.

Levou junto meu sonho,

O meu semblante risonho

Deixando-me fora do trilho.

Consultando a medicina

Descobri que minha sina

Era mesmo ficar cego.

Nem colírios ou cirurgias

Nas modernas oftalmologias

Resgatariam o meu ego.

O glaucoma é incurável

Não há nada comparável

A esta enfermidade.

Não permite transplante

Nem a célula dominante

Recompõe a normalidade.

É uma pressão silenciosa,

Incrivelmente maldosa,

Fazendo os vasos se romperem.

O campo visual fica tubular

Depois começa a apagar

Até as imagens desaparecerem.

Meu amigo fique atento

Descubra algum talento

Pra fugir da depressão.

Como forma de terapia

Recomendo canto, poesia...

Até dança de salão.

Poeta dos Mares
Enviado por Poeta dos Mares em 31/01/2012
Código do texto: T3472330
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