Complexo

A minha mente domina o meu corpo, e a minha imaginação vai além da compreensão humana, não tenho limite de tempo ou realidade.

Correntes, laços; ver isso é impossível agora.

Sem volta.

Sou algo sublime e grandioso, meu corpo é só o disfarce, ninguém pode ver, a minha existência depende disso.

Não quero viver em submundos criados em um momento paralelo num espaço minúsculo, que me condicionaram

Não posso viver indagando o porquê de um prego, ou de uma rosa.

Não quero ter ideias, porque sei que são lixos pra essa época são adiantadas demais.

As vejo de maneira singular e penetrante, e a ideia de ter ideias me assusta de maneira que fere minha inteligência.

Não quero me sentir laçado a nada. Não importa, e ter ideias, indagações, é a forma de me aprisionar.

Não quero ser incentivado, quero ser desajeitado e burro.

Burrice é a luz intensa que dispersa o mundanismo, e o disfarce imposto. A luz que desnuda o espaço e concretiza a matéria.

O individualismo me guia e protege, é a forma de viver em um espaço pequeno, sem ter vontade de conhecer o que fica a mostra atrás da janela.

O meu mundo particular é a minha fronteira.

Por que a necessidade tosca de rotular?

Me tomam de maneira subestimada e absurda, é assim a forma fixar?

A minha alma é a minha mente, e ela não atende aqueles que tem fome de manipulação,

Meu nome abstrato é: Liberdade!

(2007)

Alex Santos Carvalho
Enviado por Alex Santos Carvalho em 31/01/2012
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