Complexo
A minha mente domina o meu corpo, e a minha imaginação vai além da compreensão humana, não tenho limite de tempo ou realidade.
Correntes, laços; ver isso é impossível agora.
Sem volta.
Sou algo sublime e grandioso, meu corpo é só o disfarce, ninguém pode ver, a minha existência depende disso.
Não quero viver em submundos criados em um momento paralelo num espaço minúsculo, que me condicionaram
Não posso viver indagando o porquê de um prego, ou de uma rosa.
Não quero ter ideias, porque sei que são lixos pra essa época são adiantadas demais.
As vejo de maneira singular e penetrante, e a ideia de ter ideias me assusta de maneira que fere minha inteligência.
Não quero me sentir laçado a nada. Não importa, e ter ideias, indagações, é a forma de me aprisionar.
Não quero ser incentivado, quero ser desajeitado e burro.
Burrice é a luz intensa que dispersa o mundanismo, e o disfarce imposto. A luz que desnuda o espaço e concretiza a matéria.
O individualismo me guia e protege, é a forma de viver em um espaço pequeno, sem ter vontade de conhecer o que fica a mostra atrás da janela.
O meu mundo particular é a minha fronteira.
Por que a necessidade tosca de rotular?
Me tomam de maneira subestimada e absurda, é assim a forma fixar?
A minha alma é a minha mente, e ela não atende aqueles que tem fome de manipulação,
Meu nome abstrato é: Liberdade!
(2007)