Nojo de Moluscos
I
Tenho nojo de moluscos
De corpo mole são fragéis e preguiçosos
Escondem-se dentro de conchas, seu gueto
Nunca estão sós, sempre há dois aqui, cinco ali
II
Estão no mar, em rios e terra firme
São primários; os caramujos, há quem ateste,
Existem a mais de 500 milhões de anos,
Contudo sem evoluirem, para eles, bastam coexistirem
III
Em síntese, este animal é composto de crânio
Que o faz rastejar-se em superfícies asperas,
Todavia, já acostumados a rusticidade de tempos remotos,
Não se machucam graças a viscosidade das secreções
Que expelem do corpo conhecida por muco
IV
Fixam-se em quaisquer cantos:
Nas pedras, em arvores, em folhas, sem cerimônias.
Também tem pés para escaparem dos predadores
Que outrossim ocupam seus espaços para trabalho
E não para o parasitanismo.
V
Dentre eles, a lesma é a que me causa mais aversão
Por onde passa deixa seu rastro funesto
Enojando lugares comuns para prejuizo de todos
VI
Voltando em sua composição, temos a massa visceral
Composta de sistema digestório,
Responsavel pela produção de excrementos de toda desordem
V
E ainda, o sistema reprodutor desse molusco
Que se encarrega de disseminar muitos parasitas
Para prejuizo da saude, segurança pública
E saneamento básico das outras espécies.
VI
Identifica-los não é tarefa fácil pois se escondem em suas tocas
Entretanto, em épocas de disputas
Saem rastejando por aí suas conchas
tremulando-as... como estandartes