SERIA PEDIR TANTO DA VIDA?
Eu só queria um pedacinho deste céu
Que tantos de nós almejam,
Queria aquele pedacinho azul, todo estrelado,
Que a lua nos brindasse todas as noites,
Que as nuvens nunca escondessem as estrelas
Que tanto nos inspiram,
Que o sol que nasce todas as manhãs
Jamais fosse abrasador, apenas nos aquecesse,
Que as flores jamais murchassem
Ainda que extraídas do seu habitat natural...
Que houvesse sempre borboletas por sobre elas
Enfeitando a vida e que o canto dos pássaros
Fosse o que de mais constante se pudesse ouvir.
Ah! Como eu queria que o mundo todo se vestisse paz,
Para que a humanidade fosse mais feliz!
Que não houvesse guerras,
E que os homens se considerassem irmãos!
Porém, é uma pena que os sonhos muitas vezes
Se transformem em terríveis pesadelos
Transformando o ser humano em feras,
Matando uns aos outros sem piedade!
Ó Deus! Porque será que coisas assim acontecem
Quando todos deveriam amar-se uns aos outros,
Como nos ensina as sagradas escrituras?
Há momentos em que a descrença é tamanha
Que deixamos de crê até mesmo num ser supremo
Que nos comanda além deste planeta!
E eu, só desejaria um pedacinho de céu
Onde pudesse usar como abrigo dos meus sonhos,
Da minha inspiração, da minha fé
Para seguir transformando, se possível,
A dor em canção, o pranto em sorrisos
A lágrima em gotas de orvalho como fazem as estrelas,
Umedecendo a terra, fazendo germinarem as sementes
Que com amor plantássemos nos dando sombra,
Flores e o alimento para a nossa existência
Enquanto ainda aqui neste planeta.
SERIA PEDIR TANTO?