Amantes
É novamente o fim do ato.
Os lençóis, como cortinas,
declaram um novo fim,
banhado de luz, suor e desejo...
e eu me envolvo em teus braços num ato furtivo, improvisado.
Nossos corpos se enlaçam e se unem,
nossas almas se despedaçam e se regeneram de forma que,
a cada raiar de dia, já não somos mais os mesmos.
E as vezes deixamos até mesmo de existir,
restando apenas este nosso amor despreocupado.
e quando nos unimos,
finalmente,
num êxtase que beira o nudismo do ser,
eu fecho os olhos,
repouso tua cabeça em meio peito
e recomeço a acreditar na felicidade.