DE ONDE VEM TANTAS PALAVRAS
Nem mesmo eu sei dizer,
É como se minha garganta
Só soubesse escrever.
De onde vêm tantas palavras
Nem eu mesma sei dizer
É como se meus pensamentos
Se expandisse ao escrever...
Minhas escritas
São palavras não ditas
Que residem em meu corpo
Como inquilino de meu Ser...
Da escrita faço trovas
E nas trovas desnudo
Minha intimidade...
Exponho-me a maldade...
Se soubessem todos os homens
Que a escrita os liberta
Entenderiam melhor a loucura
Que aos lúcidos tanto atormenta...
Se de poeta e louco,
Todos nos temos um pouco
De escritor quase poeta
Todo homem revela em sua escrita
As tramas de suas mazelas...