Obstinado
Nos meus dias mais difíceis
Quando me assalta uma angústia
Infernal, irrepreensivelmente
Tenho à mão um livro meu como remédio
Basta abri-lo e na primeira expressão lida
Sinto a brisa refrescante da liberdade
O mundo não vale uma lágrima
Nem os homens um dia de preocupação
Assim retorno ao mundo dos obstinados
E o sorriso da esfinge me atrai
Então o verme vira um deus
Que se eterniza na prosa ácida
No abismo desejado onde mora
Eu a aminha bendita presunção
À poesia....
Evan do Carmo