ACORDA

Buscas pelos quatro cantos

Como se de ti estivesse distante

A tal liberdade...

Se matas,

Querendo livrar-te,

Atado estará às leis

Sejam elas as dos homens

Ou quem sabe do divino Deus...

Não creia que sentir-se livre

É poder fazer o que deseja...

Pois o que aprisiona o homem

São suas próprias amarras...

Nossos desejos,

Às vezes nos são traiçoeiros...

Atam-nos a tantos erros...

Condenam-nos ao confinamento

Muitas vezes são nossos algozes...

A tal liberdade,

Que o homem tanto busca

Está tão próximo,

Não justificando tantos riscos...

Se roubas o outro,

Cobiçando os seus pertences

Tornas-te refém de tuas decisões...

Por desejar o que é do outro

Condenas-te a ter tudo,

De segunda mão...

Se o outro usurpas

Monopolizando sua direção

Estarás te condenando de novo

Julgando-te merecedor de ser caça

Abatida na prisão...

Se o vicio te retém,

Amarrando-te como cordão

Repense se é esse tipo de liberdade

Que mereces lacrar teu coração...

Então caro amigo,

Vasculhe em teus porões

Encontre aquela semente

Pertencente a cada humano...

Certamente encontraras

Ainda em fertilização

Em condições de replantares

Para uma nova produção...

Esse é o segundo tempo

Que a vida nos oferece

A repensar se estamos no caminho

De nossa redenção...

A vida não tem tempo

De nos dar muitas chances

Mas se ela te deu,

Aproveite a oportunidade

E saia dessa prisão...

A busca da liberdade,

Pode levar-te a condenação...

Liberdade é uma condição

De andar com retidão,

Mão matar,

Nem roubar,

Nem privar a vida do outro...

Não cair no julgamento

Nem querer mal ao irmão...

Acorde para a vida

Saia dessa ilusão

O homem já nasce livre

Ao saber fazer a escolha de sua direção...