NEGRO OLHAR
Olho a noite, me embriago de sono,
Sorvo o silêncio que me rodeia...
Não quero dormir, luto, permaneço desperta,
viajando na imensidão me abandono,
abraço velhos sonhos, sorrio complacente.
Não sei quando o sono me vence,
acordo com o sol entrando irreverente,
pela janela que esqueci aberta.
É dia, a noite se foi sorrateira,
não há mais silêncio agora,
Voltam os rumores, fogem os amores,
esconde-se o poeta.