NEGRO OLHAR

Olho a noite, me embriago de sono,

Sorvo o silêncio que me rodeia...

Não quero dormir, luto, permaneço desperta,

viajando na imensidão me abandono,

abraço velhos sonhos, sorrio complacente.

Não sei quando o sono me vence,

acordo com o sol entrando irreverente,

pela janela que esqueci aberta.

É dia, a noite se foi sorrateira,

não há mais silêncio agora,

Voltam os rumores, fogem os amores,

esconde-se o poeta.

Arabela Figueiró
Enviado por Arabela Figueiró em 24/01/2012
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