TAL QUAL FENIX

Durmo todas as noites

A repousar sobre a vida...

Acordo no outro dia

Como ressuscitada a sorrir...

As noites que passo em claro

Pelas fadigas do dia...

São as horas mais sentidas

Como se não acabassem os dias...

Então fico a refletir

Qual o medo da morte...

Se em todas as noites

Arrisco minha sorte...

Ao pregar meus olhos,

Quem vai me garantir...

Se no dia seguinte

Voltarei a sorrir...

Pois o mistério do sono

Que me mata toda noite...

Ainda é um dos maiores segredos

Que assombram minha sorte...

Ao deitar em meu leito

A desligar-me da vida...

Estarei treinando para morte

Mesmo ainda com vida...

Por isso todas as noites

Oro antes de dormir...

Para poder acordar

No outro dia a sorrir...

Ao ressuscitar

Como Fênix ,

Das madrugadas

Que dormi.