Lysergsäurediethylamid

As luzes vermelhas que emanavam do copo de igual cor eram jogadas nas paredes brancas. Tudo lembrava uma tarde ensolarada a beira rio. Era o vermelho. O copo. E eu.

Eu era o vermelho. Eu era aquilo tudo. Um bailar poético e incessante. Uma transmutação cósmica. Uma unificação dos sentidos. Uma compreensão única. Simples. E perfeita.

Corria em direção ao profundo vale elétrico. Os sons batiam uníssonos e distintos. O vermelho volta e meia voltava e eu enlouquecia sabiamente. Perdia-me sem me perder. Sabia a saída. Contemplava-a, para abrir a porta na hora certa.

Laranja Jack
Enviado por Laranja Jack em 23/01/2012
Código do texto: T3456306
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.