Lysergsäurediethylamid
As luzes vermelhas que emanavam do copo de igual cor eram jogadas nas paredes brancas. Tudo lembrava uma tarde ensolarada a beira rio. Era o vermelho. O copo. E eu.
Eu era o vermelho. Eu era aquilo tudo. Um bailar poético e incessante. Uma transmutação cósmica. Uma unificação dos sentidos. Uma compreensão única. Simples. E perfeita.
Corria em direção ao profundo vale elétrico. Os sons batiam uníssonos e distintos. O vermelho volta e meia voltava e eu enlouquecia sabiamente. Perdia-me sem me perder. Sabia a saída. Contemplava-a, para abrir a porta na hora certa.