SILENCIO, INSONIA, SOLIDÃO E EU
Aqui dentro, um silêncio atroz que adormenta
Afugentando o sono, tonando as horas mais curtas
Enquanto lá fora há um céu sem nuvens
Abrigando uma imensidão de estrelas
A guiarem os passos de inúmeros e anônimos solitários
Que nunca se encontram...
Aqui dentro, onde o silêncio grita fundo na alma
Os sonhos se fazem companheiros da solidão
Constante e fiel que nunca me abandona.
Aqui dentro, apenas eu e a solidão falando o mesmo idioma
Seguindo de mãos dadas pela noite em busca do sono
Que sempre se demora como se tivesse que se dividir
Para atender a tantos que em pensamentos
Vagueiam sem saber aonde ir, que rumo tomar
Enquanto não amanhece;
Enquanto isso, a noite se esvai tão rapidamente
Sem que nos dê tempo nem mesmo pra sonhar.