MIRANTES

Olhos perdidos, distantes.

Que, de instante em instante,

Paralisam os demais sentidos que tenho.

Qual um ser que pudesse ter o poder,

De caminhar sobre o vento,

Atingindo um alvo sem vê-lo,

Apenas por senti-lo no peito,

Em tato diferente, mas que desmente,

Que a saudade é apenas essência,

Materializando-a em densas gotas,

A rolar dos mirantes singelos olhos,

Que contemplam o horizonte,

À luz da lua, sem anoitecer.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 21/01/2012
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