TRANQUILAMENTE...
Na cama, deito meu corpo cansado
Tento dormir
Porém, não adormeço como gostaria
A inquietação que sinto
Me impede de o fazer
Na memória…
Retenho sempre,
As mesmas imagens,
Inquietantes
Que teimam…
Em perturbar o meu sono
A injustiça, a fome, a miséria,
A crueldade…
Me atormentam
Me dão insónias
Outros tormentos porém,
Me impedem de dormir
Apesar do meu corpo cansado
A minha intranquilidade,
O meu vazio por preencher,
As desilusões, os desamores,
As falsas amizades
Me dão insónias
Dou voltas,
E voltas na cama
Tentando dormir
Mas estes pesadelos constantes,
Não deixam
Tento então…
Pensar em coisas boas,
Como contraponto
Tentando acalmar,
A minha ansiedade,
A minha preocupação
Penso então…
Nos amigos que tenho
Poucos, mas bons
No que poderíamos fazer juntos
Mudar o rumo das coisas
Nem que seja apenas,
Um pequeno arbusto
De uma imensa Floresta,
Que está doente,
E em perigo de extinção
Com este pensamento,
Com este sonho
Fico então mais tranquilo
E lentamente,
Vou adormecendo
Aos poucos…
Mergulhado nesse sonho
Consigo finalmente adormecer,
Tranquilamente…