QUANDO A SEMENTE NÃO GERMINA...
Ainda bem que o deserto, onde buscamos inspiração
Pode ser árido, mas perto, escuta-nos o coração
Buscando em meio ao concreto trazê-lo para mais perto
Sem risco de solidão, tê-lo na palma da mão...
E assim, nem o calor, às vezes abrasador,
Atormenta-nos, ou nos entorpece.
Provoca sede, mas não nos impede de sonhar;
Às vezes ou quase sempre isso até nos enriquece
Aquece-nos o coração nos levando a flutuar
Pela imensidão dos sonhos em busca de inspiração
Sendo assim, vamos com os pássaros, sobrevoar o espaço
Buscando aquecer de sonhos esse nosso coração,
Que sonha em ser feliz, seguindo o mesmo compasso
Deixando rastros na terra de um deserto tão nosso...
Por onde se perdem os sonhos que não prendemos nos braços
Porque foram apenas sonhos para os quais faltou propósito.
E sem ter como adubarmos o terreno ele se faz deserto
Nada germinou, pois não houve luta, nem manutenção da fé...
Tudo se torna infrutífero, incompleto...
Como os sonhos que prosseguem andando a pé...