Sabe a Mar, o Lar
O lar é grande, mas qualquer que seja a distância que você o contemple, estará sempre pequeno considerando o tamanho do que tem dentro. Aquele interior é espaço emocional, cujo conteúdo é sempre espiritual.
Não dá para avaliar o tamanho do conflito entre o bem e o mal, encerrado em um lar. Não se pode encontrar padrões de representação numéricos para um lar, mas sempre existe uma, ou mais, pessoas dentro, e as vezes até animais domésticos de estimação.
Entretanto há quem imagine que, em si tratando de lares, o conteúdo é sempre do bem, da paz e do amor, mas lá o céu é o limite e os infernos não têm fim.
Eu conheço um lar sem portas e janelas, mas se vê distintamente o horizonte, lá fora de seus limites.
Conheço o jardim daquele lar, repleto de girassóis, que poderiam girar em torno do sol, aquecendo-se da sua luz, mas giram em torno de qualquer luz, e resplandecem a mesma beleza, na mixagem das suas três cores; o laranja das falsas pétalas, o marrom do capítulo onde estão suas flores reunidas em inflorescência, e o verde das folhas e do caule. Quando o horizonte de um lar se mostra nublado, seus limites ficam encobertos.
É justo aí que os sonhos ganham formato, e os desejos emergem fortes.
In: 'Sabe a Mar, o Lar' Prosa de Ibernise.
ibernise (Barcelos/Portugal, 15JAN2012)
O lar é grande, mas qualquer que seja a distância que você o contemple, estará sempre pequeno considerando o tamanho do que tem dentro. Aquele interior é espaço emocional, cujo conteúdo é sempre espiritual.
Não dá para avaliar o tamanho do conflito entre o bem e o mal, encerrado em um lar. Não se pode encontrar padrões de representação numéricos para um lar, mas sempre existe uma, ou mais, pessoas dentro, e as vezes até animais domésticos de estimação.
Entretanto há quem imagine que, em si tratando de lares, o conteúdo é sempre do bem, da paz e do amor, mas lá o céu é o limite e os infernos não têm fim.
Eu conheço um lar sem portas e janelas, mas se vê distintamente o horizonte, lá fora de seus limites.
Conheço o jardim daquele lar, repleto de girassóis, que poderiam girar em torno do sol, aquecendo-se da sua luz, mas giram em torno de qualquer luz, e resplandecem a mesma beleza, na mixagem das suas três cores; o laranja das falsas pétalas, o marrom do capítulo onde estão suas flores reunidas em inflorescência, e o verde das folhas e do caule. Quando o horizonte de um lar se mostra nublado, seus limites ficam encobertos.
É justo aí que os sonhos ganham formato, e os desejos emergem fortes.
In: 'Sabe a Mar, o Lar' Prosa de Ibernise.
ibernise (Barcelos/Portugal, 15JAN2012)