Essa substância estranha que nos invade, nos sufoca, nos acalenta, nos faz alar, nas asas do vento e nos joga sobre precipícios, em desalento, para depois nos reinventar, mora lá, além das estrelas e nos espreita, paciente, feito criança tra vessa, à espera de um leve descuido, de uma distração apenas, para nos visitar.
Chega arteiro, matreiro, certeiro, de mansinho, entra e resolve do nosso coração se apossar. Mergulha, então, flecha na mão e, docemente, atinge o coração que, despudorado, põe-se nos seus braços, aceita todos os seus laços e deixa-se entregar.
Ele, então, se apossa, se acomoda, se enrosca e de todo o nossso ser, pouco a pouco, faz o seu lugar.
O amor é mesmo assim, sorrateiro no chegar, não conhece o ir embora, pois quando chega - eterno agora - se enrosca para nunca mais abandonar. E espalha o seu desejo, sua vontade, seu querer, num sonho de tão somente a si mesmo preencher.
E, quando chega a madrugada, canta cantos da manhã, recolhe todas as flores e faz eterna primavera ao seu anfitrrião, o coração, que desobediente a nós, só a ele quer ouvir, segue-o pelos prados verdejantes, grita com os pingos da chuva como espada aguda, fulminante e por entre eles vai, a seguir.
E a razão, por vezes o manda embora e grita-lhe "dá o fora!" mas, ele não sabe o que é partir.
Brotado da essência eterna, de fonte bela e profunda o amor, no coração, se funde, feito riacho em tardes macias e mesmo por entre dores e precipícios, trevas e horrores mil, prossegue pelas pegadas da vida... não conhece o verbo partir. "Tudo espera, em tudo crê, tudo suporta, tudo perdoa, em tudo paciente sabe ser" o amor, dor ou alegria, de quem ama nada tira, senão de si mesmo. Apossa-se da vontade, domina até a mente e creia: será sempre o seu dono, ontem, hoje e sempre.
Chega arteiro, matreiro, certeiro, de mansinho, entra e resolve do nosso coração se apossar. Mergulha, então, flecha na mão e, docemente, atinge o coração que, despudorado, põe-se nos seus braços, aceita todos os seus laços e deixa-se entregar.
Ele, então, se apossa, se acomoda, se enrosca e de todo o nossso ser, pouco a pouco, faz o seu lugar.
O amor é mesmo assim, sorrateiro no chegar, não conhece o ir embora, pois quando chega - eterno agora - se enrosca para nunca mais abandonar. E espalha o seu desejo, sua vontade, seu querer, num sonho de tão somente a si mesmo preencher.
E, quando chega a madrugada, canta cantos da manhã, recolhe todas as flores e faz eterna primavera ao seu anfitrrião, o coração, que desobediente a nós, só a ele quer ouvir, segue-o pelos prados verdejantes, grita com os pingos da chuva como espada aguda, fulminante e por entre eles vai, a seguir.
E a razão, por vezes o manda embora e grita-lhe "dá o fora!" mas, ele não sabe o que é partir.
Brotado da essência eterna, de fonte bela e profunda o amor, no coração, se funde, feito riacho em tardes macias e mesmo por entre dores e precipícios, trevas e horrores mil, prossegue pelas pegadas da vida... não conhece o verbo partir. "Tudo espera, em tudo crê, tudo suporta, tudo perdoa, em tudo paciente sabe ser" o amor, dor ou alegria, de quem ama nada tira, senão de si mesmo. Apossa-se da vontade, domina até a mente e creia: será sempre o seu dono, ontem, hoje e sempre.