Não me julgue porque há em mim um sedento querer que me consome paulatinamente.
Sei bem que há um espaço para minha falta de líquidos essenciais e por isto ou morrerei ou há de me ser crônica tal necessidade.
É com fervor numa aprendizagem que tento amainar minhas agonias que me açoitam a espera de uma paciência que talvez me retenha.
A calma diante disto tem sido construída com esmero enlouquecedor, mas ao menos tenho tentado além do que me é possível, numa atipicidade.
Aprendo uma oração confusa e desconexa, que é um terrorismo ao qual me entrego com muita determinação e pouca fé de que fará efeito.
Também se fez fundamental que haja compreensão, posto que não tenho nadado em águas de qualquer tipo que esgote energias.
Não posso jurar não ser ebulição, eu estaria enganando, então é melhor apenas uma promessa que tentarei ser vapor, porque sólida nem por imaginação.
Encontro nos meus meios de atingir objetivos, uma graça gentil, uma tentativa infantil que me salva um pouco do ridículo, só um pouco.
Jamais neguei que meu coração é traiçoeiro e ardiloso e que arquiteta em segredos uma bela rasteira para minha alma.
O que é uma excelência certa como nada, é que se o tombo for de doer até os ossos, serão os meus que latejarão em febre, pois se sou perigosa, sou para mim, apenas para mim.