Lágrimas do tempo
Oh! Lágrimas do tempo...
Regas a mais linda flor dos jardins...
Das pétalas belas, coradas e macias...
Enrugas com asperezas e covardias...
E lhe presenteia com a bengala construída com teu tempo...
Rosa....
Formosa...
Flor que enfeitava manhãs de primavera...
Agora?... Quem dera...
Rosa...
Maravilhosa flor do lugarejo pequeno...
Oh! Lágrimas do tempo...
O que fizeras dela?...
Não dança mais à melodia dos ventos...
Não ouve os acordes das ondas do mar...
Até lá não pode caminhar...
Como libélula presa à crisálida...
Agora espera...
Espera o que?...
Zangões e beija flores não mãos se aproximam...
Oh! Lágrimas do tempo...
Por que banhas tão belas criaturas?...
Choram os olhos do tempo...
Chora a Rosa.
Cleir