SEM TÍTULO

Ontem dormi orquídea.

Acordei crisântemos.

Estou abastada de mim.

Então, abro a escrivaninha e vou espalhando, neste espaço,

meus perfumes...

Uns doces, outros amadeirados, muitos cítricos...

A brisa não sopra aqui.

Deveria.

Assim, dissiparia fragâncias!

Exalaria abastanças...

Estou abarrotada de mim!

Então escrevo, sem rascunhos, um poema sem título.

Como a palavra oral.

Intentando liberar espaços

para novos cheiros, outras farturas...

Suerdes Viana
Enviado por Suerdes Viana em 07/01/2012
Reeditado em 13/01/2012
Código do texto: T3427949
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