No farol mora um fantasma e
a doce inspiração.
De noite ele parece iluminar o mar
para o pescador voltar,
para o naúfrago se orientar.
O fantasma daquele farol
ilumina a sua sina de
preso aquele lugar,
esperar o amor contido
por séculos.
E continua a iluminar...
Da praia, seguro, o
poeta olha o farol e espera 
a senhora inspiração.
Doce e sensual amante.
O amor é o desejo do fantasma.
A inspiração a ânsia do 
poeta...

Quando o dia chega
o farol continua a iluminar
a imaginação dos homens,
as crianças que querem brincar,
a memória do poeta
que transborda em verso novos
para cantar...
Na sina de fantasma
ele nunca adormece,
Na essência da inspiração
o pensamento de 
todos os poetas.
Adormece,poeta, mas continua a sonhar!
Fluindo e  iluminado, o fantasma,
ao doce murmurar das  ondas
no ouvido dos homems...
O farol...

De volta a noite
o poeta vai buscar sua amada
inspiração,
e sabe que sempre vai encontrar,
mesmo que os versos não venham.
O amor contido do  fantasma, o pensamento inquieto do pescador,
o sofrimento do náufrago
e acalentado seu coração...
As crianças dormem...
O fantasma, que nunca adormece
confunde poesia com paixão.
Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 07/01/2012
Reeditado em 07/01/2012
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