Quem me dera...
Essa tarde de sábado, clara, reluzente, iluminada,
quase um diamante ofuscando sua luz quente em minha cara
(anunciando em silêncio um céu enegrecido, escuro)
esfrega sua claridade momentânea como um troféu
e me faz pensar no futuro...
Obscuro, pálido, silencioso em seu orgulho,
diminuído em sua arrogância imperial, quase inexistente.
E as saudades de portas abertas
falando de um presente feito de passado
onde tudo era tão fácil...
E ao sentir o afloramente nostálgico da angústia,
decido ir à padaria...
de repente uns sonhos recheados com creme
me devolvam as ilusões humanas, assim, naturalmente,
sem nenhuma gravidade...
Quem me dera um pouco de poesia,
com entendimento,
nesta tarde feita de simplicidade...