Poeta aluado...
Ah, quão a insônia me devora!
A noite lívida como a morte me persegue até o clarear da aurora.
Arrasto meu corpo em noite de vigília.
Como andarilho deixo minhas pegadas na relva orvalhada.
Sou um poeta aluado, sombra invisível dos olhares e enfeitiçado pelas madrugadas.
Faço do dia uma mágica penumbra e escondo minha face de alabastro.
O dia sepulta a lua por longas horas...
Horas de loucura e saudade.
No silêncio da noite, inebriado, celebro a minha amada.
Espicho os olhos e lá está minha deusa iluminada.
Aluado, tento uns versos, reversos e me perco no universo...
Cambaleio, pranteando uma paixão que transcende meu coração.
Só a lua me faz sonhar...
Penso que todo aluado não é poeta, mas todo poeta é aluado, será? (risos).
Amigos, o poeta aluado nasceu como poesia, ele não gostou e sumiu. (risos).
Tentei esta prosa poética...