Rememorar
Sonhou com os olhos da prenda vestidos de primavera,
E cantou aos que ficaram ouvindo um canto de esperança,
Viu a lua nova iluminando a escuridão da nova era,
Recebeu a riqueza esquadrinhada no olhar de cada criança,
Replantou os plátanos para estender os parreirais,
Encaixilhou idéias no dorso das inatingíveis ventanias,
Matizou os longos caminhos para refazer os ideais,
Para os que passarem pelas mesmas cercanias,
Plantou história e fatos no ventre desta espera,
Na hora do sol ir abrolhando atrás da pedra fria,
Na herança terna e timbrada que recomposta, impera,
Enquanto a estrela d’alva repontava as barras do dia,
Combinou sangue tom e história num documento casto,
Originando fábulas nessa reconversão que se emoldura,
Abrindo a voz na analogia sincera deste mundo vasto,
Esperando a nova primavera para reviver essa aventura!