VONTADE
Que a vileza não se perpetue
Como santificada prática
Já outrora desferida
Sobre tristes almas.
Quem a ela se alinhar
Vil amigo da vileza será
E já não se poderá
A vileza mal dizer.
Humano demasiado humano
Todos os sentimentos testados
Tantas lágrimas derramadas
Humano demasiado humano.
E a briga de senhores feudais
Acabou com cidades e derrubou seus murais
E a espada à terra sangue derramou
E vencido o inimigo governante
Humano demasiado humano chorou.
Aos corpos insepultos, uma voz
Brandindo o chamado a todos
Não de todo vencidos, gritos em ecos ouvidos
Humano demasiado humano, de medo não arredou
E raios de sol a planície tocou.