LIRISMO

Só há uma maneira de não perder o lirismo. É praticá-lo e basta... Nem que seja com os animais domésticos. Agora mesmo, o meu gato Black, de quase sete quilos, alça o rabo e me roça com os longos bigodes. São estranhas maneiras as de demonstrar os afetos. Palavras – no poema amoroso – sempre andam de rabinhos alçados. Enroscam-se no gesto gráfico. E ronrona ao coração disparado o arfar do peito...

– Do livro SORTILÉGIOS, 2011/12.

http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/3419833