Paraíso
Ele disse que criaria o universo depois, pois precisava de amostras dos nossos sonhos. e depois cultivados. gerariam outros tantos. Estávamos no lago batismal, todas as coisas nasciam com a gente. Reconheciam-nos as plantas e tudo mais em volta, a água límpida e plena das vidas era o líquido seminal, matava a sede que ainda não tínhamos. Mesmo os falos úteros que despojamos, por ser desnecessários, agora seriam ápices da nossa forma. Ele disse, já quase nos deixando, que criou o tempo pra que soubéssemos quando viria nos buscar. Só a solidão lhe embraçou mais, mas criou também, para referendar encontros e desencontros fatais. Nossos alimentos, suspensos e rublos, faziam uma papa divina nas nossas bocas. Mas faltava o beijo, que inventaríamos depois de sós...