Doei-me completamente, até a exaustão.
A cada amanhecer cri que o meu céu permaneceria azul, iluminado – algumas vezes o foi –, em meio as decepções...  prossegui.

Após cada pancada da vida, uma carícia, um renovo, esperança.
Tal qual, um casamento mal sucedido: quando às lembranças dos  bons momentos amenizam, o mau do presente – adiamento para à ruptura.

Sou jovem, embora o meu coração transborde com as experiências adquiridas, através dos meus poucos anos. 

Tenho só uma vida, enquanto que, tu... Vives os teus fatiados 365 dias, eternamente renováveis. Talvez, por isso, fatiaste o meu coração em igual número.

Hoje, nos últimos segundos dos trinta e um dias de dezembro rompo, de vez contigo:vingo-me trocando-te por um NOVO ANO!

O Mundo inteiro me aplaude: solidariedade universal. Sorrisos, brindes, estampidos dos fogos clareando o céu; alguns ecoam secamente; outros, escorrem como se fossem lágrimas... Incrivelmente todo o planeta está unido a mim. Comemoramos a minha ruptura.
Adeus, ANO VELHO!

EstherRogessi Prosa Poética: ENFIM RUPTURA, 02/01/12.
EstherRogessi
Enviado por EstherRogessi em 02/01/2012
Reeditado em 22/12/2014
Código do texto: T3417944
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