APELO DA INVEJA
Encarcerou borboletas.
Cubículo de aço.
Providenciou dedais de néctar.
Escondeu a chave.
Só ela as vê.
Vivem sob tutela.
Abrem as asas quando a portinha é aberta.
Num átimo.
Sem voo.
De tempo em tempo repõe as mortas.
Gerir a liberdade alheia,
Extravazar a sua.
Faltam-lhe asas.
Insuportável defeito!
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