PRECISO ESCREVER PARA VOCÊ

02/10/2011

Brincar de perguntas e respostas. Hoje quando penso nisso percebo o quão inconseqüentes éramos. E que precisamos fazer isso mais vezes. Não sei onde guardei as respostas. Tenho uma cabeça complicada e certas vezes fico com medo de algumas atitudes que pratico. Mas o medo é da forma que as pratico. É incrível reagir tranquilamente a fatos que a maioria das pessoas da minha faixa etária se desesperaria.

Maltrata-me em saber que não conseguirei realizar ou ser eficaz em todas as tarefas que me propus. Nem sei se isso tem alguma relação com o que iniciei a escrever aqui. É difícil ser racional ou concreto.

Pior é estar distante e não compartilhar dos momentos felizes que surgem. Bom seria se fosse igualmente compartilhado. Ou seja, no mais alto nível da minha felicidade, pudesse eu estar perto, tão perto de você que nem precisaríamos trocar frases, apenas com o semblante e expressão facial nos entenderíamos.

Pensando literariamente (se é que isso é possível) tentarei transformar algo que escrevi em poema. A prosa nunca foi minha preferência. Entendo que faz parte do processo de criação literária. Lembro-me, portanto de algo que li em Alencar ou Campos. Apesar das abstrações do segundo.

Em alguns momentos caio em êxtase literário. Novamente é uma experiência adquirida a partir de leituras poéticas. Os heterônimos de Pessoa cá estão para justificar. Poderia ser também que em um mês desse ano, eu não executei a tarefa a qual me comprometi com meu ego, com você, ou alguma outra força emocional presente no fora e no dentro de mim. Aos poucos essas escrituras tornam-se menos líricas, menos românticas. Eis que a influencia das leituras de Castelo Branco e Eça de Queiroz serviram-me, primeiramente para aflorar a já esquecida vontade de conhecer geograficamente a terra dos nossos colonizadores. O que demonstra maturidade. Entendam, portanto a distancia da maturidade em meio aos desencontros pessoais. Claro que logo explicarei os enigmas deixados no começo desse texto. Lendo ao final, parece que pode ser lido e apreciado por ambas vítimas e/ou personagens centrais das minhas intenções. Ultimamente perseguido por indagações extremas. Será este o caminho a ser seguido? E nem sou eu que me faço as perguntas, o convívio social se encarrega de apresentá-las.

Possui uma fisionomia extremamente atraente. E esse pode ser uma das justificativas que encontro para não respondê-las de forma convincente. Mesmo que você tente me convencer que sou convincente. Já são dois vocês. Estão misturadas e ate mesmo se confundem, tiveram momentos e ações, reações semelhantes, e outras diferentes. O suficiente para que fossem lembradas. Talvez seja fruto da minha perturbada imaginação. Nesse momento gostaria de reconhecer e exemplificar o significado de PSICÓTICO para que pudesse usar com mais freqüência essa palavra.

Os dois vocês seriam metas a cumprir. Primeiramente uma retomada. Segundo, consolidação, desculpe, não encontrei palavra melhor. Não gosto dessa palavra, juntamente com: coisa e esperança.

O ambiente me provoca sensações e impulsiona mudança de direção, o considero importante e relevante para a criação literária. Incorporo da técnica de criação literária indígena o referido pressuposto. Do calor agradável ao frio inconveniente e o barulho da ventania nos telhados, acompanhado de uma chuva quase amedrontadora se não fosse chamativa. Pronto, esta é a situação aqui.

De fato confesso, não sei como terminar esse texto, o mais provável que aconteça é que faltará ou esquecerei elementos. Lembrei que falei de vocês, e não detalhei amor ou política, o primeiro está me deixando confuso, na personificação humana feminina, algo perfeitamente compreensível. O segundo me deu tempo suficiente para fundamentar minhas teorias e formar-me numa corrente ideológica. Ou seja, procuro fugir do primeiro assunto.

Na verdade a desilusão me atrai tanto quanto vocês. Não sei se resultado ou se é impossível não acontecer. Com certeza sabes das minhas intenções seria justo se deixasse que eu as demonstrasse.

Aldo Raine
Enviado por Aldo Raine em 27/12/2011
Código do texto: T3409224
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