SOLIDÃO DEZEMBRINA

O problema dos finais de dezembro...

Todos os anos permanecem iguais...

Fazemos promessas de um próximo ano diferente

E no transcurso de um ano,

Percebemos que nossas vidas ficaram intactas

Conhecemos novas pessoas,

A família aumenta...

Nascem crianças,

Morrem pessoas que amamos

Os primos se casam...

Conhecidos mudam de nossas cidades

Voltam para nos visitarmos...

Trazem novidades...

E eu...?

Não sei... Se a solidão “dezembrina”

Apenas atinge a mim...

Mas...

O dezembro por si é tão romântico

Que chega a ser triste para outros,

As luzes de Natal...

As trocas de presentes,

Os casais apaixonados na orla...

Roberto Carlos se apresentando...

Deixando-nos emocionados

E carentes ao mesmo tempo,

Paramos pra pensar...

Mas um ano está indo embora

De novo a mesma cena...

Casais apaixonados...

Reunião em família...

Os melhores amigos acompanhados,

Os primos não são mais solteiros,

E eu?

Fazendo a mesma coisa

Desde que me entendo por gente,

Acompanhada dos pais na casinha da vovó

E sempre só... solamente!

Além da solidão dezembrina...

São os novembros

Mês de aniversário...

Vizinho dos dezembros,

E lembrar que...

Nunca estive acompanhada

Nestas datas...

Isto não é uma poesia,

Não é um soneto,

É apenas o meu 26° dezembro só!

26/12/2011/ as 00.20

Keu Seixas
Enviado por Keu Seixas em 26/12/2011
Reeditado em 28/12/2011
Código do texto: T3406619
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