Chuva de natal
É natal, aquele dia em que os humanos usam a máscara de sanctus espiritus. E chove a chuva de fora dentro dos homens. O telhado do céu está lotado de anjos, uns gatos pingados de coturno que de vez em quando resolvem se por em marcha e abrir umas goteiras no teto das nimbus. Os humanos, em seus quartos, renegam as bençãos do espirro celestial, se auto excomungando da religião ancestral e sagradíssima de adorar a deusa natureza. Pois é, os humanos fogem da purificação com o retardo materializado em forma de guarda-chuva.