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LEMBRANÇAS
As vezes desperta em meu peito um alguém que sequer eu
conheço.
Se achega com jeito maroto,toma as rédeas , comanda o destino,vira dono da situação.
Me revira do lado avesso,faz de mim moleque travesso , eu pulo a janela do tempo,adentro em velhos quintais.

Pereiras vestidas de branco, zumbidos vibrando na tarde,vento cheirando a junquilhos,uma casa recheada de afetos...
Estrada de terra batida,charrete repleta de espigas,uma senhora "chapéu de abas largas", coxilhas em verdes cantigas.
Sabiás acasalam na erveira,guabirobas douradas de sol.

Palheiro na boca do velho e a mão empunhando anzol.
Piazada atirada no açude,mergulhos com "nhaca" de lama.
Gritaria,respingos,risadas...Euforia, inocência tamanha.
Ilusões acompanham pandorgas e se perdem por trás da montanha.