Indefinidamente gente

Tempo veloz, cidade rude

Cidade que envolve e encobre

Porém cidade que ensina

Dia a dia que neurotiza e fascina

Vida louca

Vida que pressiona contra a parede

Beco sem saída

Ontem uma certeza, ainda que ilusória

Hoje, uma eterna pergunta:

- O que sou de mim?

Respostas se sucedem

Com a velocidade da luz

Satisfazem por um instante

No próximo, já não servem

Novas perguntas atropelam-nas

E insistem em serem resolvidas

Cobrança inútil

Somos

Vivemos

Corremos

Pensamos

E, quando mais achamos que sabemos,

Um fato novo nos surpreende

Nos põe de novo em xeque

E, assim, vamos seguindo:

Indefinidamente gente

Fernando Soares

16/out/91

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