Borboletas
Procuro-me dentro de minha alma
Ainda não sei o que realmente sou
Meus desejos caminham dentro da escuridão
Sigo a canção de lamentos sem olhar para traz
As marcas dos meus pés desaparecem facilmente
Meu caminho é essa necessidade imbecil
Querendo saber se talvez pudesse ser mais fácil
Sem mim aqui no silencio da minha alma vazia
Sinto os espinhos cravados em meus pés
O sangue que escorre talvez seja curador
Nesse lugar que fico deitada vendo meu mundo cair
Borboletas que morrem todo dia sabendo voar
Eu fico presa dentro deste maldito casulo
Preciso me aceitar para poder sentir
Preciso abrir os olhos para enxergar
Precisamos de um simples motivo para crer
Mas estamos tão sozinhos em nossa casa
Sem nos aproximar das respostas ficamos loucos
Agora mesmo vivemos sem saber se é real
O futuro, o que eu tenho a esperar?
Se eu fico em agonia por estar trancada dentro de mim
Veja há um racho no casulo, mas ainda não estou pronta para ir
Tenho que viver mais um pouco antes de chegar o dia de voar
Na liberdade minha alma irá para longe e desaparecerá
Somos como borboletas e um dia nunca voltaremos.