NO SILENCIO DE NOSSO MEDO !

As borboletas tiram o silencio do meu olhar,

vivem num mundo de suas promessas,

nessa viagem do mais puro silêncio,

na intimidade do meu olhar,

do silêncio que cantam esperança,

vivemos a mastigar e engolindo nossos medos,

os medos e suas próprias transparências,

que serão levados no sopro do vento,

nos medos que se tornam transparentes,

levado para o véu do nosso íntimo,

medos ingeridos e tocados pelo vento,

que bate nas pontas dos dedos,

vento sábio que move nossos corpos,

no vento que dá alento,

apesar de ser forte e intenso,

nas cortinas que sobem suavemente,

sem esconder nossos medos,

nossos receios,

perante os ventos gelados que sopram,

a existência das nossas próprias vidas,

como o vento gelado dos nossos medos,

mastigamos nossos medos, mesmo que indigestos.

Zeka Biguetti
Enviado por Zeka Biguetti em 17/12/2011
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