NO SILENCIO DE NOSSO MEDO !
As borboletas tiram o silencio do meu olhar,
vivem num mundo de suas promessas,
nessa viagem do mais puro silêncio,
na intimidade do meu olhar,
do silêncio que cantam esperança,
vivemos a mastigar e engolindo nossos medos,
os medos e suas próprias transparências,
que serão levados no sopro do vento,
nos medos que se tornam transparentes,
levado para o véu do nosso íntimo,
medos ingeridos e tocados pelo vento,
que bate nas pontas dos dedos,
vento sábio que move nossos corpos,
no vento que dá alento,
apesar de ser forte e intenso,
nas cortinas que sobem suavemente,
sem esconder nossos medos,
nossos receios,
perante os ventos gelados que sopram,
a existência das nossas próprias vidas,
como o vento gelado dos nossos medos,
mastigamos nossos medos, mesmo que indigestos.